terça-feira, 17 de novembro de 2009

Democracia Digital e Accountability


O sistema democrático está se desenvolvendo e as novas tecnologias, sobre tudo a internet, abrem caminho para um novo formato de governo democrático. A democracia é o governo do povo, para o povo e pelo povo. Hoje em dia traduzido nos sistemas representativos, onde o povo escolhe seus representantes. Contudo o povo está cada vez mais perto, através das tecnologias, de ser mais atuante neste processo.
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Pensadores contemporâneos e pós-modernos falam na ideia do que conhecemos por democracia direta. O próprio povo tomando as decisões. Hoje em dia já ocorrem situações deste tipo, não só nas eleições, que é uma forma de accountability vertical, mas também em plebiscitos, e decisões populares. No brasil o Partido dos Trabalhadores é precursor com a ideia do orçamento participativo, em que as comunidades escolhem onde o dinheiro público será investido, optando pelas obras de maior necessidade.
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A internet possibilitará um maior controle dos gastos públicos. Através da accountability horizontal, onde agências reguladoras e de controle monitoram a vida pública dos representantes e ocupantes de cargos públicos. Esta prestação de contas traz maiores resultados quando há transparência e favorece o princípio da governança. Responsabilidade social e valores éticos são avaliados. A moral cria a reputação ou a destrói. E esta pode derrubar líderes políticos. Como no caso de Fernando Collor, com o impeachment e os caras pintadas.
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Mais participação, transparência e prestação de contas. Este é o caminho inevitável e o curso natural da democracia como a conhecemos. Na web todos estes recursos e meios podem ser intensificados. Estamos desenvolvendo o sistema democrático. A democracia direta já é uma realidade em partes. Mas será que um dia não precisaremos mais de representantes, e todos poderemos participar das decisões com igual peso na escolha e voto? Não é tarde para responder, mas também não é cedo para perguntar. Será que precisaremos reinventar a democracia?

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Juliano Dornelles

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mulheres lutam por direitos iguais


A discriminação da mulher ainda é uma realidade. Em alguns países as mulheres não desfrutam do mesmo direito dos homens. Ainda são educadas para serem mães e esposas. Contudo por outro lado buscam seu espaço, principalmente na economia capitalista de mercado. Saem para trabalhar, disputam vagas de trabalho com homens e às vezes ganham mais, merecidamente.
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Maio de 1968 ficou conhecido, entre outros fatos, pela queimas dos sutiãs pelas mulheres europeias que protestavam e reivindicavam maiores direitos. Depois desta manifestação o mundo nunca mais foi o mesmo. As mulheres ocuparam as universidades e o mercado de trabalho. Sobretudo a independência financeira que lhes proporcionou um maior alcance no espaço público.
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Hoje em dia temos mulheres prefeitas, governadoras, senadoras e até presidentes. Contudo elas ainda sabem que são vistas como diferentes. Com um certo preconceito. Como se não fossem capazes; mas apesar desta discriminação, sabem que podem. E é fato, estão podendo. Hoje ainda merece destaque a luta pelos direitos da mulher. O movimento de mulheres organizadas contribuiu para muitas conquistas. Infelizmente a violência contra a mulher ainda é uma relidade que contradiz o histórico de todas estas lutas.
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O dia internacional da mulher é comemorado no dia 8 de maio. Mas posso dizer que este dia deve ser comemorado diariamente. Pois se não fossem as mulheres, não seríamos nós nesta relação. E este texto certamente nunca seria escrito. E também não haveria leitores para ele. As mulheres merecem nosso respeito, sobretudo aquelas que se dão a felicidade de serem mães, gerando novas vidas, contribuindo assim para a perpetuação da espécie humana.
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É claro que vocês, mulheres, são muito mais do que mães, irmãs, avós, esposas, Enfim vocês são sim como nós (homens). São humanas. Também tem defeitos e virtudes. Apesar de serem considerados mais sentimentais que os homens, são tão racionais quanto os tais. Contudo precisa ser dito que continuem a lutar por seu espaço. Continuem buscando a igualdade que ainda se mostra distante. Pois os preconceitos persistem, mas devem cair. Isto é necessário e inevitável. Não há como reverter esta situação.
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Juliano Dornelles

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O preço visível


A esfera da visibilidade midiática aliada à credibilidade constrói a imagem pública. Ser amado ou ser temido faz a diferença para o príncipe, que é maquiavelicamente orientado a fazer o bem em várias e pequenas partes, e o mal por completo e de uma só vez. Heróis e vilãos se enfrentam no espaço público. Todos assistem e podem decidir a quem seguir. A web proporciona visibilidade Global.
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A cultura ocidental também é visível e ganha dimensão de mundo. A cultura está se mundanizando. O consumo também. Os cidadãos consumidores lutam por seus direitos. Mas também consomem ideias, além de produtos. Compram e vendem direitos e deveres. Colocam preço em tudo. No seu próprio trabalho, no seu próprio mundo. São comerciantes do apoio político. Trocam o apoio pelas soluções de suas necessidades.
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Neste ambiente é criada a identidade individual e coletiva. Que absorve as ideias das comunidades sem fronteira. Tudo está visível. E tudo tem seu preço. Inclusive a cultura. Desde sempre. Visível e a venda. Mas também está disponível em formato 'freware'. Mesmo assim precisamos pagar dedicação e tempo. No mais tudo se resolve. Até a imagem e a opinião tem um custo. É preciso pagar.
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Juliano Dornelles