terça-feira, 18 de agosto de 2020

Pandemia - Cartas ao leitor II



Terça-feira, dezoito de agosto. Eram nove horas quando levantei da cama. Duas horas após o horário de costume. Ainda estamos em pandemia. O Sol brilha lá fora. Mas a humanidade caminha tímida pelas ruas das cidades. Boa parte ainda está enclausurada em casa.

Às sete horas despertei com o Sol batendo na janela. Liguei o telejornal. Coloquei água e café na cafeteira e fui dormir novamente. Agora são dez horas. Enquanto escrevo este texto, peço que o Pai continue abençoando estes dias livre do álcool e drogas.

Assim que levantei-me, compartilhei uma imagem de uma carteira de tabaco com a frase "fumem por mim neste dia". A foto foi compartilhada em grupos virtuais com mais de duzentas mil pessoas. Uma tentativa de seguir, desde já, no ar puro.

Até parece um ato criminoso. Mas a verdade é que tudo o que muitas pessoas desejam nestas horas é beber e fumar. Lembrei-me dos dias em que acordava fumando baseado. Estou livre. Um dia de cada vez. Vamos indo. Assim cortei o tabaco durante três anos dos trinta e dois aos trinta e cinco. Assim que resolvi proceder desta vez.

A verdade é que as drogas já não me pertencem mais. O resquício dos velhos hábitos ainda se mostram nos sinais do tempo. Mas agora penso em outras coisas. Não há porque beber. Não há porque fumar. Não há porque drogar-se.

Abstêmio das substâncias químicas, zelo cada minuto ao ar puro. Um desejo que demorei dois anos para executar. Assim só venho conseguindo quando corto o consumo das bebidas alcoólicas. Consequentemente, das drogas ilícitas.

O primeiro livro da trilogia "O Bom Combate" ainda estava na prensa até ontem. Liguei para o Rio de Janeiro e pedi que a editora adiantasse e a impressão. Embora já tenha divulgado a primeira parte da obra em e-book.

O que fazer agora que estou zero álcool? Para que convido as mulheres para beber: café ou chimarrão? Ambos me soam melhor que álcool e drogas. Não prometo nunca mais fumar baseado. Mas tenho certeza que não gasto mais nem um centavo em drogas.

As contas apertaram. O Corona Voucher ainda está esperando no aplicativo Caixa Tem a ser depositado em minha conta corrente. Temos três semanas até lá. Tenho que sair do cheque especial. Acertar contas. Guardar o troco.

Quanto à Pandemia, ainda estamos em quarentena. Esta é a melhor forma de proteger-se. Usar máscaras e álcool gel continua sendo a alternativa mais segura. Evitando o contato social até que tudo se estabilize.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Juliano Dornelles, Paz Dornelles - Este é meu nome


CORRENDO PARA CORTAR ÁLCOOL E DROGAS ILÍCITAS - AQUECIMENTO PRÉ-TREINO


Deus conceda-me mais este dia cortando o álcool e drogas ilícitas.

Correr na categoria fumante é o tiro (Sem álcool e drogas ilícitas)🤘 Eu Sou nos ama 🤘

Já havia cortado sete dias intercalados este ano. Mas hoje fumei. Agora corto novamente.

Corro dede guri novo. Fumei 21 anos, mas cortei três anos uma vez. Também cortei seis meses antes dos trinta. Semanas avulsas, também, há quatro anos.

Reiniciei a correr quando enterrei o crack, em farelos, na cozinha, há mais que uma década. Gostaria que um dia eu pudesse ajudar os usuários a cortar álcool e drogas ilícitas.

A maioria das pessoas faz apologia ao álcool pois não sabe o que é ter tido hepatite A. Ou fantasiam que o crack não tem solução desacreditando a recuperação dos usuários. Ou, ainda, condenam o tabagismo que ajuda tantos adictos a cortarem as ilícitas.

Mas está aqui o cara que se salvou. Just for today, um dia de cada vez, estou salvo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Se fosse um tiro - Sou eu

Juliano Dornelles


Se tudo isto fosse um tiro, hoje "Eu sou"! Retiro-me da cocaína, do baseado, do tabaco e do álcool. 

Contudo, continuo somando com quem vem somar. Independente dos vícios que tiver.

Abençoa Senhor mais este dia livre do álcool e drogas. 

Que assim seja

Das virgens que iniciei na adolescência


Juliano Dornelles

Epa Babá; Okê cabô? Exu sabia que os eguns eram anjos. Mas os adversários estão no ebó.  

Agora, filosofando... Por que será que quando convido uma mulher para vir aqui, se ela conhece alguém antes de vir, quando penso em Iansã, lembro minhas ex que eram 'baço'? Isto é sempre assim! Ou elas vêm primeiro desde o convite, ou lembro as virgens da adolescência. Oh eterna obrigação espiritual.

Epa rei; "Nem nasci" - Disse minha filha, em espírito presente.

Saravá os Pretos Velhos;

Ogunhê Axé

domingo, 9 de agosto de 2020

O Comunicador - Vol CCXXXIII

 

Pandemia - Cartas ao Leitor


Juliano Dornelles - Mestre, Comunicador e Escritor

Hoje é dia nove de agosto de dois mil e vinte. Dia dos pais. Este é o quinto mês que estamos em quarentena continuada. A pandemia se alastrou pelo globo. Milhares de pessoas morreram em todo o mundo. Muitos estão sem trabalhar. As escolas estão fechadas. As igrejas estão fechadas. Boa parte das lojas, os clubes e os shoppings também estão fechados.

Há um ano escrevi um livro em que prometia parar de fumar e beber. Largaria as drogas. As festas. Mas esta história se prolongou além do carnaval. Aliás, passei o carnaval em Camboriu. Foi quando foi anunciada a praga que se alastra dizimando, aos poucos, a humanidade. O certo é que devo cumprir a promessa do livro anterior. Como disse, é uma obrigação, missão e dever. Mas o impressionante é que, justamente, hoje  resolvi tocar este assunto. Justamente no dia dos pais. 

Provavelmente passarei este dia fisicamente sozinho. Meu pai, embora suas memórias estejam presentes no espiritual, desencarnou quando eu tinha dezesseis anos. Meu filho, que mora em Santa Maria, centro do Estado gaúcho, também está em quarentena. A trezentos quilômetros de onde escrevo estas linhas com o celular. Mas o que fazer? Aguentar firme este momento dramático à espécie humana que, com tanta tecnologia, rema para criar uma vacina ao vírus que se alastra.

O mundo está quebrando. As empresas estão falindo. Fala-se em guerra. Isto é mais que uma calamidade pública. Isto é o planeta em risco. O que podemos fazer, salvo usar máscaras e álcool gel? Salvo esconder-se sob o próprio teto? Esperar até que o toque de recolher seja cessado. Assistindo séries ou jogando games. Pois até namorar se tornou arriscado.

Bom, hoje é dia dos pais. Me darei este presente. Que ressaca! Quem mandou misturar vinho com cerveja? Agora quero água, luz diurna e ar puro. Aliás, prometi isto no livro anterior. O Bom Combate impera. O guerreiro está no mago, assim como o mago está no guerreiro. A hora é agora, pois a luta continua. Em breve estaremos livres das máscaras. Será? Queira Deus, Oxalá! Tupã seja louvado.