domingo, 9 de agosto de 2020

Pandemia - Cartas ao Leitor


Juliano Dornelles - Mestre, Comunicador e Escritor

Hoje é dia nove de agosto de dois mil e vinte. Dia dos pais. Este é o quinto mês que estamos em quarentena continuada. A pandemia se alastrou pelo globo. Milhares de pessoas morreram em todo o mundo. Muitos estão sem trabalhar. As escolas estão fechadas. As igrejas estão fechadas. Boa parte das lojas, os clubes e os shoppings também estão fechados.

Há um ano escrevi um livro em que prometia parar de fumar e beber. Largaria as drogas. As festas. Mas esta história se prolongou além do carnaval. Aliás, passei o carnaval em Camboriu. Foi quando foi anunciada a praga que se alastra dizimando, aos poucos, a humanidade. O certo é que devo cumprir a promessa do livro anterior. Como disse, é uma obrigação, missão e dever. Mas o impressionante é que, justamente, hoje  resolvi tocar este assunto. Justamente no dia dos pais. 

Provavelmente passarei este dia fisicamente sozinho. Meu pai, embora suas memórias estejam presentes no espiritual, desencarnou quando eu tinha dezesseis anos. Meu filho, que mora em Santa Maria, centro do Estado gaúcho, também está em quarentena. A trezentos quilômetros de onde escrevo estas linhas com o celular. Mas o que fazer? Aguentar firme este momento dramático à espécie humana que, com tanta tecnologia, rema para criar uma vacina ao vírus que se alastra.

O mundo está quebrando. As empresas estão falindo. Fala-se em guerra. Isto é mais que uma calamidade pública. Isto é o planeta em risco. O que podemos fazer, salvo usar máscaras e álcool gel? Salvo esconder-se sob o próprio teto? Esperar até que o toque de recolher seja cessado. Assistindo séries ou jogando games. Pois até namorar se tornou arriscado.

Bom, hoje é dia dos pais. Me darei este presente. Que ressaca! Quem mandou misturar vinho com cerveja? Agora quero água, luz diurna e ar puro. Aliás, prometi isto no livro anterior. O Bom Combate impera. O guerreiro está no mago, assim como o mago está no guerreiro. A hora é agora, pois a luta continua. Em breve estaremos livres das máscaras. Será? Queira Deus, Oxalá! Tupã seja louvado.


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