quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Comportamento Multitasking


Televisão no mudo, o rádio em volume médio, alguém me chama no messenger, chega um e-mail e uma mensagem de texto no celular; Toca o telefone e alguém me 'cutuca' no Facebook.  Tudo ao mesmo tempo. A cada dia é mais difícil faz uma coisa de cada vez.

É certo que alguém lendo o parágrafo anterior me diria para desligar o celular, a televisão, o rádio e sair da frente do computador. O que é impossível para quem precisa estar conectado com o mundo em tempo real. Ainda mais se você é um comunicador.

Enquanto o jornal impresso chega às bancas com boa parte das notícias desatualizadas. A internet de outro lado é extremamente atual. Tão quanto o rádio e a televisão ao vivo. O fato vira notícia em tempo real. Mas com a vantagem, dos impressos e dos programas audiovisuais gravados, de que a notícia pode ser acessada a qualquer momento.

O comportamento humano descrito no primeiro parágrafo é o que chamamos de perfil multitasking (multi tarefas)Mesmo sendo mais frequente nos jovens, é percebido em pessoas de todas as gerações. Condiz com a atitude de fazer várias coisas ao mesmo tempo. O que para alguns é um problema, para outros é a solução.

Para aqueles que precisam se concentrar de forma extrema naquilo que fazem, seja trabalho, estudo ou lazer, fazer várias coisas ao mesmo tempo poderia desviar o foco da concentração. Contudo, pessoas hiperativas e com tendência a dispersão, conseguem têm melhor desempenho quando as atividades podem ser intercaladas entre si.

Com o comportamento multitarefas, ao mesmo tempo em que percebemos uma baixa na capacidade de concentração, notamos uma facilidade em permanecer desempenhando determinadas atividades por mais tempo, uma vez que elas se tornam mais leves e prazerosas de serem realizadas.

Deste modo, empresas, escolas e outras instituições oferecem atividades alternativas entre as atividades profissionais e educativas. Que vão desde alongamentos, coffee break, intervalos para conversa, dinâmicas de grupo entre outras. Desta forma percebemos que o comportamento multitasking quando bem gerenciado pode passar de inimigo a aliado da produtividade. Contudo cada um precisa encontrar o próprio ritmo. 

J.P.D.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Além da tela do computador


Na postagem anterior falei sobre o prazer de escrever. De fato é o que realmente me inspira a estar aqui agora nesta prosa cotidiana. Há tantas coisas no mundo que nos incitam a sentar em frente ao computador e transcrevê-las em um texto. Sei que este tom autobiográfico é o que menos inspira o leitor a vir ao encontro dos meus pensamentos e sentimentos. Mas sim a possibilidade de encontrar a si mesmo nestas linhas. Ou alguma nova receita pra curtir a vida numa boa.

O leitor é um semelhante ao escritor. Há uma certa identificação entre quem lê e quem escreve. Independente de ser de concordância ou discordância. Independente do motivo que o tenha trazido até esta página, o principal é que está aqui agora. Então lhe pergunto: 'Encontrastes o que procurava?'

Neste sentido podemos dizer que a procura é mais importante do que o encontro. É a procura que move nossos dias. Buscamos um trabalho melhor, buscamos um amor saudável... Enfim,  buscamos dias melhores e tudo aquilo que nos motiva a dar mais um passo na direção do que nos faz bem.

São estas trocas simbólicas de significados e significância que nos colocam frente a frente. De um lado da tela estou eu, do outro lado está você e mais alguém a nos espreitar. Sim, eles pesquisam nossas vidas nas redes sociais. Não só a de quem escreve, mas a de quem comenta, a de que compartilha e a de quem sugere estes e outros links. Por trás das telas há outros tantos como nós. Cada um interessado na intimidade do outro. Na possibilidade de aprendermos algo, uns com os outros.

Alguns interessados em algo particular. Há os que buscam um caminho a seguir; Outros buscam um caminho a desviar. E muitos imaginam o que se passa por detrás das telas de nossos computadores. Quem está comigo agora aqui do meu lado, por exemplo... Vejo-a além do texto. Deitada sobre o edredom, vestindo meu roupão pós-banho e me chamando para ver a novela das nove. Alguém que atravessou a tela do computador. Abriu minha geladeira  e pegou a última garrafa de água com gás.

Sim, os personagens ganham vida e atravessam a tela dos computadores para acessar o universo paralelo do mundo real. Mesmo que o real seja momentaneamente virtual. Os pensamentos deste momento não podem ser transcritos... O incenso queima continuamente. O óleo de amêndoas já está sobre a mesa de cabeceira para que nossos corpos recebam a aquela massagem tântrica recíproca e simultanea. 

Ela me chama até a cama. Quer ouvir palavras algumas mágicas sendo sussurradas em seu ouvido.  Preciso terminar o parágrafo. Despida, nua, ela vem até mim, coloca sua mão macia sobre o meu obro e diz: 'Estou te esperando amor...' Fecho as aspas desta citação e respondo: 'Ok, o texto do dia está pronto!'

J.P.D.

domingo, 28 de outubro de 2012

Por prazer ...


Há algumas horas postei uma mensagem na linha do tempo de meu perfil no Facebook. Ali, pedia desculpas pois não poderia escrever o texto do dia devido a um problema de tendinite no pulso. Porém, alguns amigos virtuais, e também leitores, começaram a me enviar mensagens; Percebi que dar a eles o texto do dia era mais importante do que repousar para melhorar ou evitar a dor.

Semana passado derramei café no teclado de meu computador enquanto trabalhava em meus textos. Algumas teclas foram danificadas e deixaram de  funcionar. Control, Alt, Caps Lock, Shift e outras teclas do teclado principal, além de toda a parte numérica e de operações matemáticas do teclado auxiliar, não respondiam aos cliques. Segui digitando meus escritos por mais vinte e quatro horas. Contudo para que pudesse colocar aspas, interrogação, ponto final e vírgula nas frases precisava copiar e colar estes caracteres de outros textos. Mesmo assim escrevi o texto do dia naquela tarde. E muitas outras mensagens em meus perfis do Facebook, Google Plus e Twitter. 

No dia seguinte pesquisei o preço dos teclados. Um igual ao antigo custava além do que poderia investir. Juntei minhas economias e comprei o mais simples. Foi o suficiente para mais umas semana de textos, conversas, postagens, interação e outras produções que requerem o uso do teclado. Porém ignorei que o teclado novo não possuía o apoio para o pulso. Requerido para quem usa o computador por mais de três horas por dia diariamente.

Após uma semana de textos, conversas e outras postagens senti nesta manhã uma enorme dor no pulso. Achei que não poderia postar o texto do dia. Evitei teclar com amigos e resumi a navegação ao uso do mouse. Porém percebi que mais importante do que abster-me da dor é publicar aquilo que precisa ser dito. Acabei improvisando um apoio para o pulso com um pedaço de madeira.

Por um momento reclamei da situação. Lembrei que um jornalista multimídia, escritor e blogueiro precisa estar equipado para que o trabalho possa ser realizado  Uma boa máquina, uma boa câmera, uma boa filmadora, uma boa velocidade de acesso à internet, dispositivos móveis, além do conhecimento básico de softwares de edição e mais. É como o taxista e o caminhoneiro que precisam do seu veículo para poder trabalhar. Não necessariamente do melhor, mas do suficiente para que possam realizar o seu trabalho.

Na mesma hora me dei conta que aquilo estava soando como uma reclamação ao meu próprio entendimento. Então lembrei de agradecer a Deus por estar online e conectado. Lembrei também de que menos de trinta por cento da população brasileira tem acesso à internet diariamente. Senti-me um privilegiado por poder estar, apesar da dor, escrevendo estas palavras.

Tudo isso mostra que é muito mais importante valorizarmos aquilo que possuímos, com gratidão e reconhecimento do que reclamar das adversidades que encontramos no dia-a-dia. Valorizarmos também o apoio daqueles que valorizam o nosso trabalho. E sobre todas as coisas, descobri que mais determinante do que os empecilhos é o desejo de realizar um objetivo. A vontade vai além da dor. Este texto é o exemplo disto. Dedico àqueles que me pediram para escrever. 

J.P.D. 

sábado, 27 de outubro de 2012

Curso de Gnosis


Aproveito a postagem do dia para divulgar o Curso de Gnosis, ou Gnose como também é chamada, que estará sendo ministrado em Porto Alegre a partir de novembro. A palavra Gnose significa conhecimento e está apoiada em quatro colunas: Ciência, Filosofia, Arte e Mística. Tem por objetivo estimular a busca pelo auto conhecimento a partir do estudo dos ensinamentos dos metres da filosofia e das religiões.

Maiores informações sobre o curso podem ser obtidas no site www.cursodegnosis.net.

J.P.D.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Na era das redes


Na era da sociedade midiatizada, da mundialização da cultura e da globalização do conhecimento percebemos um crescimento no interesse dos pesquisadores nas relações humanas mediadas pela tecnologia. A era da informação mostra-se também como um tempo de participação e construção colaborativa do conhecimento coletivo.

A inteligência coletiva proposta por Pìerre Lévy é fruto da cibercultura produzida no espaço virtual constituído por pessoas reais e as subjetividades criadas pelo imaginário. Na era da convergência exemplificada por Henry Jenkins, percebemos que o meio é o espaço onde a mensagem converge e se expande. Podemos dizer que os meios eletrônicos vão além de extensões dos sentidos humanos. São extensões do próprio espírito divino do cosmos. 

Novos pesquisadores são incluídos a cada dia para somar esforços nestes e outros estudos.  A partir da convergência podemos perceber também o efeito da mobilidade estudada por André Lemos e da necessidade da transparência política e accountability apresentada por Wilson Gomes em seu livro 'Transformações da política na era da comunicação de massa', diante de um panorama onde também cresce a exposição das intimidades, liberdade de expressão, comercialização da vida privada e mais. O interesse pelo outro.

É percebido que temos outros estudiosos somando conhecimento juntos a estas e outras pesquisas. Um exemplo de experiência que merece ser citado é o site 'Escola de redes' criado por Augusto de Franco. A lista de docentes que se somam nestes estudos cresce a cada dia. Podemos citar ainda como esforços relevantes os estudos de Raquel Recuero, Sandra Montardo e Adriana Amaral. 

Somamos ainda à lista Ricardo Cavallini com 'Onipresente' e Paula Sibilia com 'O show do Eu'. De fato estes e outros autores têm feito esforços como pesquisadores para entender o processo evolutivo das mídias sociais. E sobretudo, das relações humanas.

A interação mediada é objeto de estudo dos principais centros acadêmicos de comunicação, sociologia, antropologia, educação e psicologia do Brasil e do mundo. Até mesmo Zigmunt Bauman se rendeu a este tema de suma importância nos dias atuais.

Poderíamos citar inúmeros outros autores em uma lista sem fim. O principal de tudo é o esforço que os acadêmicos têm feito para compreender as transformações que estão ocorrendo na sociedade atual. Certamente seguirão surgindo mais e mais perguntas. E consequentemente serão multiplicados os esforços para que as respostas sejam encontradas. 

J.P.D. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Perseverar . . .


A perseverança é uma qualidade percebida nos homens fortes. Geralmente a perseverança é desenvolvida quando enfrentamos adversidades e dificuldades em nossa busca. Desenvolver a perseverança requer paciência e persistência pela conquista dos objetivos. A perseverança é uma qualidade oposta à vida fácil. Geralmente é desenvolvida quando precisamos investir maiores empenhos em nossas buscas. Quando precisamos insistir nas tentativas para alcançar uma meta.

A luta pelos objetivos é algo que ocorre em dois planos. O plano material onde as conquistas são materializadas em resultados palpáveis, e o plano cósmico, espiritual ou imaginário onde os frutos colhidos muitas vezes deixam de ser percebidos, apesar de serem muito maiores.

Derrotas e vitórias, perdas e ganhos, erros e acertos... fazem parte de nossa trajetória. Assim como o bem e o mal, que vive em cada um, estes pontos positivos e negativos coexistem. Contudo nenhuma derrota ou vitória é totalmente definitiva se a luta continua. Pois enquanto seguem rolando os dados, a qualquer hora podemos virar o jogo. 

Contudo há perdas que vêm pro bem. Muitas vezes nos fazem valorizar mais os ganhos. Nos impulsionam a desenvolver mais a arte do bom combate para que enfim a conquista seja obtida. De outro lado, há derrotas que surgem como ganhos. E vice versa. De algum modo há quem diga que aprendemos muito mais com os erros do que com os acertos.

Por bem ou por mal precisamos aprender com o caminho. O principal é curtir a caminhada. Ter um norte, saber onde estamos indo, é sem dúvida nenhuma o mais  importante. Mas deixar pra ser feliz somente no ponto de chegada pode ser um erro crucial. Quando se tem um objetivo, e alguma dificuldade em alcançá-lo, só é sábio insistir na busca se a caminhada nos fizer bem. 

De algum modo são inúmeros exemplos de superação que poderíamos citar. Os obstáculos e as adversidades são ao certo mestres dos homens. E valem a pena quando conseguimos aprender algo com tais experiências. De outro lado a luta que desgasta ou entristece deve ser deixada de lado. Mas a luta que engrandece e impulsiona ao desenvolvimento deve ser investida. Isto tudo independente dos resultados. Pois muitas vezes o prêmio maior está na caminhada.

Se temos um norte, temos objetivos e sabemos o que queremos, então nossa vida tem sentido. E quando uma empreitada nos ensina algo, isto que dizer que devemos seguir a busca. Quando a aprendizagem com as derrotas se traduz na maior conquista, insistir na luta é a melhor opção. 

J.P.D.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Criar um caminho


Muitas pessoas se perguntam constantemente qual o segredo para a felicidade. Buscam referências em exemplos de sucesso para redefinirem seus planos de metas. Espelham-se em casos de sucesso para desenvolverem seus projetos. Mas muitas vezes precisam lembrar que o principal é estar de bem consigo mesmo. 

A comparação de nosso trajeto de desenvolvimento, ou de nosso estágio atual, com a caminhada de outras pessoas pode ser dolorosa em alguns casos. E até mesmo abrir espaço para alguns erros. O importante é que tenhamos o nosso próprio projeto de vida. E criemos o nosso próprio caminho. A comparação deve existir somente entre nós e nós mesmos. Entre o nosso ontem e nosso hoje, na direção da criação do nosso amanhã. 

Precisamos lutar para realizar os nossos próprios objetivos. Pois buscar realizar os sonhos das outras pessoas, poderia fazer com que o nosso próprio caminho fosse desviado momentaneamente. Nem todos buscam as mesmas coisas. Precisamos saber o que realmente nos move. E o que realmente é importante pra nós. 

Cada um sabe o que é melhor para si. Quando nos concentramos em alcançar os objetivos que são importantes para as outras pessoas, somente pelo instinto competitivo ou pela falta de um objetivo próprio, esquecemos que precisamos criar o nosso próprio caminho. 

Deste modo o segredo da felicidade está na luta pelos nossos próprios objetivos. Evitando comparações. Aquilo que de fato nos fará felizes. Aquilo que de fato é importante para nós. Independente de termos demorado mais ou menos. Ou de termos chegado antes ou depois. O principal é curtir a caminhada.

É claro que a meta é conquistar o objetivo. Realizar o sonho. Cumprir o plano e alcançar a meta. Mas se pudermos ser felizes durante o trajeto, a concretização das metas se torna um complemento. Como fechar com chave de ouro. Como a cereja que completa o bolo.

O principal é que sigamos em frente vivos em corpo e alma. Sentindo o sol brilhar a cada manhã, testemunhando o canto dos pássaros, recebendo os desafios que nos forem apresentados e convertendo-os em crescimento. Compartilhando da companhia daqueles que são importantes pra nós sempre que for necessário. Assim é muito mais tranquilo, compensador e satisfatório.

J.P.D.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Desafios do Empreendedor


Notamos crescer o números de empreendimentos nos últimos anos. A entrada e aceitação de uma empresa no mercado é um desafio a ser conquistado pelos empreendedores que arriscam ter um negócio próprio. A grande maioria das empresas não sobrevive aos três primeiros anos. Porém, a maior parte daquelas que ultrapassam este período conseguem obter o lucro desejado. 

A grande sacada para que uma empresa se dê bem no ambiente competitivo dos dias atuais é identificar uma necessidade do mercado e oferecer um produto diferenciado. Seja na qualidade, no modo de entrega, nos produtos agregados, nos serviços complementares ou no preço. A partir de então o desafio é atender as necessidades do cliente criando satisfação e gerando fidelidade.

Neste sentido empreender se torna um caminho alternativo para quem busca uma possibilidade de independência. Uma das vantagens de ter o próprio negócio é poder escolher o que, e como, produzir e comercializar. 

Muitas empresas sobrevivem nos primeiros anos a partir de um capital externo. Um capital inicial, que por muitas vezes vem de reservas do empreendedor ou de um trabalho externo realizado independente do negócio próprio. Grande parte das empresas trabalham os primeiros anos apenas pagando contas e repondo investimentos, o que em alguns casos é um fator adversário da motivação.

A partir da conquista de uma fatia do mercado, as empresas começam a ter lucro maior do que os investimentos. Ou seja, o caixa começa a ter saldo positivo. De qualquer forma as consultorias empresariais recomendam que boa parte do capital obtido com o negócio seja investido no próprio empreendimento.

Com um fluxo de caixa positivo, os investimentos no negócio se tornam mensuráveis. É necessário que os empreendimentos invistam em tecnologia, treinamento e mão de obra para que o crescimento se torne alcançável. 

Apesar de todas as dificuldades possíveis, há muitos casos de empreendedores que partiram do zero. Desprovidos de capital inicial, parcerias, mão de obra auxiliar, carteira de clientes e indicações; E mesmo assim obtiveram o crescimento e reconhecimento do mercado. Isto mostra que a partir de uma boa ideia, somada à força de vontade e ao trabalho duro, todo empreendimento pode dar certo.

J.P.D.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

58ª Feira do Livro de Porto Alegre

Nesta sexta-feira, dia 26 de outubro, começa a 58ª Feira do Livro de Porto Alegre. A feira conta com cerca de 600 participantes e mais de 280 atividades, que vão desde oficinas, encontros e apresentações. 

O patrono da Feira deste ano é o Escritor e Publicitário Luiz Coronel. Nascido em 1938 em Bagé; Coronel é graduado em Direito e Ciências Sociais pela UFRGS; Lecionou Literatura em várias escolas. Possui 52 livros editados. Atualmente reside em Porto Alegre onde recebeu o título de 'Cidadão Honorário'. 

O Jornalista e Escritor Juliano Dornelles, autor deste blog, também estará autografando, na Feira, sua participação na coletânea de autores da  Sociedade Partenon Literário. Data a ser confirmada.

Maiores informações sobre a feira no site www.feiradolivro-poa.com.br

J.P.D.

domingo, 21 de outubro de 2012

Os prossumers e a construção do conhecimento


No vídeo acima faço uma introdução sobre a importância dos prossumers na construção do conhecimento, da inteligência coletiva e da cibercultura. Os prossumers são internautas que consomem, produzem e compartilham conteúdos através de blogs, vlogs, mini blogs e outras redes sociais. A necessidade de inclusão deste tipo de internauta no mercado de trabalho e centros de pesquisa acadêmicas. Uma vez em que são multiplicadores do conhecimento.

A vantagem de investir nos prossumers é que cada prossumer traz consigo um grupo de pessoas as quais interage. Contudo precisamos prestar atenção sobre quais são as influências e idéias comercializadas em cada caso. Mais importante do que o número de seguidores que cada prossumer possui são as idéias que compartilha.

Podemos perceber o esforço por parte deste internautas em empreender e em adquirir o conhecimento muitas vezes de forma autodidata. Pessoas assim, quando recebem a oportunidade certa na hora certa, trazem consigo muitas outras pessoas multiplicando assim o progresso e o crescimento que lhes são oferecidos. Deste modo, os prossumers precisam ser identificados e inseridos na construção do desenvolvimento social. 

J.P.D.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Rever a nossa causa


Tenho observado a defesa de colegas de profissão sobre o maio de 1968. A queima dos sutiãs no dia sete de setembro do mesmo ano que, segundo muitos, é apenas um mito. Vejo a tamanha importância do movimento feminista e a luta por direitos iguais por parte das mulheres. Mas sinto também a falta de pensadores contraporem os fatos destes acontecimentos.

Certamente precisamos olhar para estes e outros fatos por mais de um ângulo. O movimento feminista é sim uma revolução. Sou um defensor da causa feminista. Mas vejo este movimento ser interpretado de forma equivocada em alguns casos. De fato, está ocorrendo uma inversão de papéis. A sociedade patriarcal se desmantelou em parte. Mulheres mais enérgicas veem seus maridos amolecerem frente a sua sede crescente por liderança.

Sim, o feminismo também tem o seu lado bom. Mas notamos também o estímulo ao sexo inconsequente. Mulheres praticando o sexo pelo sexo só porque segundo elas: "Os homens fazem assim, então nós também podemos". Testemunhamos isso em Vlogs, Blogs e  imagens compartilhadas nas mídias sociais.

Aquele que já foi conhecido como o sexo frágil agora luta de igual pra igual no mercado de trabalho, mesmo sabendo que são melhores quando usam a sensibilidade do que a imposição pela força. Mesmo assim há lugares para líderes mais sensíveis. Vivemos numa democracia e temos uma presidente mulher. E inúmeros exemplos femininos que merecem ser seguidos por homens e mulheres.

Mas ainda sinto falta de um contraponto ao Maio de 1968. Tudo aquilo originou o que vemos hoje nas ruas. Marcha da maconha, Marcha das vadias, parada gay, marcha dos sem terra... E tudo em nome da liberdade de expressão e dos direitos humanos.  Em breve poderíamos ter a marcha dos viciados em crack, daqueles que roubam por que tem fome, dos que invadem imóveis para ter onde dormir... Já presenciamos passeatas pró-aborto. Pró pena de morte. Pró eutanásia. E inúmeras outros assuntos polêmicos que merecem ser discutidos com cautela.

O que mais me espanta é que corremos o risco de em breve termos mulheres fazendo trabalho de homem e homens vivendo vida de mulheres. Mulheres carregando pedras em obras da construção e homens pintando os olhos e as unhas. O que já acontece hoje em dia mesmo que em pequena proporção.

Nada contra o movimento feminista. Aliás, repito mais uma vez: Sou a favor dos direitos iguais e da luta das mulheres pelo seu espaço. Mas tudo isso isento da inversão de papéis. Precisamos rever a nossa causa.

J.P.D.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Print Screen


Você já fez um Print Screen? Se sim, esta postagem deixa de ser novidade. De outro modo tentarei explicar de forma rápida do que se trata. Pra começar podemos dizer que o Print Screen é ao mesmo tempo uma função de captura de imagem e uma tecla do seu teclado.

Nos teclados tradicionais há uma tecla logo a direita do 'F12', na parte superior do teclado entre o Back Space e o Num Lock. Esta tecla, quando pressionada, esta tecla tem como função capturar tudo o que estiver aparecendo na tela do seu computador no momento. Para que depois seja salvo como uma imagem avulsa ou anexa em um documento de texto.

Após clicar a tecla do Print Screen, será necessário entrar em algum software que aceite a função 'colar' a imagem capturada. Como exemplo de softwares que entram nesta lista podemos citar o Paint (que acompanha o Windows), o Microsoft Office Word  e o Photoshop;  Assim como inúmeros outros programas do gênero. 
                  
Estando com a tela de nova imagem ou documento de texto aberta, é só colar a imagem capturada. O 'colar' pode ser executado clicando-se com o botão direito do mouse, depois, com o esquerdo, em 'colar'. Ou com as teclas 'Ctrl' e 'V' pressionadas ao mesmo tempo. Depois é só salvar o documento no word ou a imagem no Paint, Photoshop, Corel Draw ou em qualquer um dos inúmeros programas que aceitam a função.

Agora que você já sabe fazer um Print Screen. Vai lá... Testa e depois mostra pra gente!

J.P.D.
                                                           

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fanpages - Páginas no Facebook


As Fanpages são as páginas criadas por usuários no Facebook. Podem ser criadas por pessoas físicas ou pessoas jurídicas. São mais comuns como introdução ao negócio de artistas, profissionais autônomos e empreendedores em geral. 

Qualquer usuário pode criar uma Fanpage. Para criar uma página no Facebook é necessário que você tenha um perfil de usuário. Estando logado com seu perfil, você clica primeiramente no link página inicial, logo acima da página, na barra azul à direita. Este link irá abrir a página onde estarão disponíveis as postagens dos seus amigos. À esquerda será possível ver um menu de links. Haverá um Link chamado 'Curtir Páginas'. Clicando nele surgirá acima das opções de 'curtir' um link chamado 'Crie a sua Própria'. É só clicar neste link e seguir as instruções.

Entrando na página de criação da sua Fanpage você terá que escolher o tipo de página. Existem várias opções como Negócio Local, Empresa, Instituição, Artista, Marca, Produto e outras. Você ainda terá que escolher uma subcategoria, escolher o nome e marcar a opção 'Concordo com os termos de páginas do Facebook'.

Na sequência da formatação da sua Fanpage, você perceberá que funciona de maneira idêntica aos perfis de usuário. Você poderá compartilhar conteúdo multimídia como arquivos ou links. Após você conseguir um número mínimo de cliques no botão 'curtir' você poderá escolher o final do seu 'url' que ficará assim: www.facebook.com/nome-da-página.

Você ainda pode postar conteúdo na sua página através do seu perfil de usuário ou do seu login de página. A opção terá de ser escolhida fazendo da seguinte forma. Na página do Facebook, na barra superior azul, clique na seta ao lado de 'página inicial' à direita da tela. Ali aparecerão suas contas. Conta de usuário e conta de login da Fanpage. Antes de postar é necessário que se escolha com qual login você irá postar.

Bom agora é fácil. Você pode criar em minutos a sua nova página no Facebook. Aproveite e curta algumas das nossas. Te vejo lá!

Nossas Fanpagens !

J.P.D.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Janelas ao mundo


Uma das ferramentas mais utilizadas nos comunicadores instantâneos e na gravação de vídeos ganha cada vez mais suporte de softwares e plataformas de transmissão de imagem. A webcam transforma a vida privada em vida pública. Neste sentido, a cada dia são descobertas novas funções para esta ferramenta que ganha mais e mais adeptos. 

Hoje em dia percebemos o crescente uso de câmeras, principalmente nas grandes cidades, para controle da criminalidade e até mesmo para o turismo. Dos estabelecimentos comerciais, as câmeras de monitoramento foram para as ruas das cidades em todo o mundo. E hoje estão por tudo. Um exemplo de site que disponibiliza o acesso a imanges de câmeras espalhadas pelo mundo é o site www.earthcam.com.

Os comunicadores instantâneos também ganham cada vez mais usuários. Windows Live Messenger, Yahoo Messenger, Digsby, Google Talk e até mesmo as velhas salas de Chat possibilitam a transmissão de imagens e áudio em tempo real. 

Além da tecnologia streaming, que possibilita transmissão ao vivo, podemos perceber o crescimento dos canais de broadcast. A diferença entre estas duas tecnologias é que o streaming transmite o que está acontecendo na hora, enquanto o broadcast possibilita que sejam assistidos vídeos previamente gravados e disponibilizados em um playlist.

Desde o fim do ano passado o YouTube disponibiliza transmissão ao vivo via broadcast. Ou seja, é possível disponibilizar seu playlist de vídeos pra rodar ininterruptamente. Outra tecnologia que também merece destaque são as videoconferências através de programas  como o ooVoo, Skype e NetMeeting.

Com o crescimento do interesse público em disponibilizar via webcam suas privacidades e intimidades, cresce também o número de interessados em assistir ao vivo a vida de outros internautas. Milhões de big brothers conectados ao mesmo tempo em todo o mundo.

Apesar desta apresentação rápida, será possível entender melhor se experimentar espiar o que rola neste universo. Um dos sites mais utilizados no brasil neste sentido é o site www.twitcam.com.br, que apesar de ser utilizado muito para a veiculação de pornografia ainda conta com usuários(as) bem intencionados(as). Se você preferir, pode entrar também em sites internacionas neste estilo, como o site www.twitcam.livestream.com, e assistir câmeras internacionais ao vivo.  Logue agora mesmo e abra uma janela do seu mundo apra o ciberespaço

J.P.D.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Desafios da Consciência Coletiva


Com o desenvolvimento tecnológico e o crescimento da participação popular na produção da cultura, cria-se o que chamamos hoje de cultura globalizada e inteligência coletiva. À medida que há cada vez mais participação, debate e criação colaborativa caminhamos para um futuro em que cada vez teremos mais ideias pré-formatadas e pensamentos padronizados. Se de um lado isto tem suas vantagens, de outro lado estas transformações tendem para a uniformização da consciência. Eis um desafio lançado ao surgimento da consciência coletiva: Haverá espaço para os que imaginam, planejam e executam de forma independente a partir das próprias experiências em um mundo em que cada vez mais pensamos, dialogamos e decidimos em grupo? Ou seria o nascimento da consciência coletiva, a morte da consciência individual? Como manter ambas vivas e independentes?

Quero dizer é que a produção da inteligência coletiva atua como a mundialização da cultura. O que presenciamos hoje em dia com a expansão do rock'n roll, do cinema de Hollywood, coca-cola e fast food ocorre também com as ideologias e as artes no ciberespaço e no mundo real.

Com a internet, se tornou cada vez mais fácil acessar conhecimentos oriundos de culturas distantes. As distâncias geográficas e culturais quase que inexistem dentro do ciberespaço. E como o ciberespaço é uma extensão do mundo real, podemos dizer que o fenômeno da globalização cultural é fermentado pelas tecnologias de conexão em rede.

Muitos mais do que a língua e a moda, estamos agora globalizando o conhecimento e a cultura. De um lado temos as vantagens de expandir o alcance das soluções aos problemas comuns nos quatro cantos do mundo. Podemos citar o conhecimento médico, da engenharia, econômico, político, social assim como outros tantos.

O problema que surge com essa padronização involuntária do modo de pensar e agir é que há um perigo em se tornar cada vez mais raro encontrar pessoas e civilizações criando arte a partir de próprias experiências. Ou até mesmo... à partir do nada. Há uma grande tendência em bebermos da fonte da cultura global antes de colocar qualquer conhecimento no papel ou na prática. 

Apesar de ter inúmeras vantagens, a consciência coletiva pode criar uma certa dependência. Se de um lado os padrões criam a ordem, de outro lado limitam a criatividade. É certo que é mais prático partirmos dos conhecimentos pré-adquiridos. Ter que redescobrir o fogo ou criar a roda novamente, nos tomaria muito tempo. Contudo as ideias novas surgem quando os padrões se quebram; Quando se foge da regra; Quando se ultrapassam as fronteiras do imaginário. 

Sim, a inteligência e a consciência coletiva é algo bom e que irá trazer desenvolvimento. Mas assim como a globalização e do capitalismo e da democracia, e a mundialização da cultura, também tem pontos positivos e negativos. Precisamos ficar atentos aos dois lados da moeda. Pois o futuro da humanidade depende do planejamento e da organização, muito mais do que da sorte. Seguir padrões e fórmulas prontas pode ser mais seguro, mas há casos em que precisamos ir além do imaginário conhecido para chegar a algo novo e real.

J.P.D.

domingo, 14 de outubro de 2012

Espaço Global Interativo


Diariamente a internet recebe um número cada vez maior de usuários. O crescimento do número de internautas, desde crianças a pessoas da terceira idade, é notável. Dentre os espaços virtuais um dos que mais cresce é o espaço constituído pelas Mídias Sociais. 

Os internautas têm encontrado novas funcionalidades nas Mídias Sociais a cada dia. Surgidas para criar um canal de interação entre amigos, as redes mostram-se como um espaço de discussão, interação e decisão coletiva. Opiniões e sugestões são compartilhadas formando novas opiniões e gerando novas discussões.

Neste sentido pesquisadores das ciências sociais e políticas têm percebido que as Mídias Sociais podem funcionar de forma eficiente na promoção da democracia direta e participativa. O que vêem como uma introdução ou protótipo do que chamaríamos de democracia eletrônica.

Além de ser um espaço de marketing, publicidade e comercialização de produtos e serviços, o ciberespaço também é um espaço de participação popular no controle social, na fiscalização pública do exercício dos poderes públicos e políticos.

A visibilidade e transparência proporcionada pela internet, possibilita um maior controle social dos governos por parte do povo. As relações humanas avançam ao ponto que avançam as tecnologias. Este crescimento tem sido proporcional em dupla via.

Além dos fins políticos e mercadológicos, a internet também possibilita o avanço da globalização da cultura. A cultura da web, ou cibercultura como é conhecida, torna-se cada  vez mais global. O conhecimento ganha alcances globalizados ao mesmo tempo que pode ser construído de forma coletiva, assim como compartilhado e consumido.

Assim sendo podemos perceber as vantagens de estar conectado em interação com o mundo. Apesar da aparente substituição das interações face-a-face pelas interações mediadas, podemos sentir mais vantagens do que desvantagens em todo este processo evolutivo. Apesar de tudo, este ainda é um espaço novo sobre o qual pouco sabemos e temos muito a aprender.

J.P.D.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Recriação da Realidade


No vídeo acima aprofundo um pouco o assunto da postagem anterior. Assista o vídeo e leia os textos das demais postagens. Apesar de fugir de uma sequência cronológica, a grande maioria dos textos está interligada entre si e segue linhas de raciocínio específicas. 

J.P.D.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Passado, Presente e Futuro


Por vezes ouvimos falar que o futuro nada mais é do que uma recriação do passado. De fato, por um lado sim. A recriação das sociedades é o que faz escrever a história. Assim como o grão de areia que entra na ostra e acaba se tornando a mais bela pérola; Os mitos, as identidades e as civilizações também se recriam a cada momento.

Neste contexto o presente é onde o passado se encontra com o futuro. É o tubo de ensaio onde a magia procede. E isto tudo é um processo de reengenharia. Que parte da desconstrução para a reconstrução, incorporando novos elementos, lapidando e esculpindo o velho para chegar ao novo.

Neste sentido recriamos nossa realidade a partir dos elementos que temos a nossa disposição. Experiências de vida, conhecimentos, lembranças e desejos. Um processo criativo em que em alguns casos, o tudo procede do nada e se legitima 'tudo' quando deixa de deixar algo de fora. Mas quando achamos que obtemos o 'tudo' surge algo mais a ser conquistado. Uma criação para cada necessidade. Assim transformamos a matéria que temos em mãos. De algum modo a reengenharia é inclusiva. A cada momento é incorporada uma nova funcionalidade... Do mp3, ao mp4, ao mp5, ao mp9, ao mp12 e assim sucessivamente.

Mudando um pouco a direção do texto, mas seguindo a linha de raciocínio, podemos dizer que deixar algo de fora poderia ser arriscado. Se este algo tiver a consciência do que é estar dentro, as posições poderiam se inverter entre o que é dispensável e o que é insubstituível. Principalmente quando este algo tiver alguma característica que o torna único.

Da mesma forma ocorre na parábola bíblica da ovelha perdida; O pastor assume o papel de construtor, enquanto a ovelha que estava de fora do rebanho tornou-se a pedra angular. Trazê-la de volta ao rebanho era como encaixar a última peça do quebra-cabeça.

A reengenharia também trabalha neste sentido. Desmonta-se uma tecnologia e ela é recriada, incorporando novas funções, características e particularidades. Novos poderes. Assim é com o passado, o presente e o futuro. Assim é com a criação e recriação dos mitos. Como nasceu a  mitologia romana como uma recriação da mitologia grega. E como foi configurado e sincretismo a partir do reconhecimento de características comuns entre santos, anjos, cavaleiros, guerreiros, mártires, deuses africanos e outras entidades até serem identificados como Orixás.

Assim também é com os personagens e estórias da literatura. Com as identidades e com a história dos povos. A vida imita a arte e a arte recria a vida. Estamos em constante recriação. E a recriação precisa ser inclusiva para ser completa. Do mesmo lado, quanto mais consciência e conhecimento, melhor. Somos feitos do que idealizamos e realizamos. Nos legitimamos pela experimentação bem sucedida e pelo sucesso das ideias realizadas. Deste modo criamos, a partir do imaginário, tudo o que é real.

J.P.D.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Mídias, Narrativas e Conhecimento


Com o advento da internet tornou-se mais fácil acessar a informação. O conhecimento globalizado agora está ao acesso de todos. Além do acesso à informação os internautas participam cada vez mais da construção do conhecimento. Neste contexto as narrativas virtuais fazem parte desta construção cultural, legitimação das subjetividades e recriação das identidades de sociedades e indivíduos.

Com a potencialização da transparência midiática e a visibilidade proporcionada pela web, assim como o interesse público pela vida privada dos indivíduos, torna-se cada vez mais presente o interesse dos internautas pelo consumo e exposição de intimidades.

A internet tornou-se um grande reality show. Onde muitos consomem histórias reais e estórias inventadas de muitos outros.  Um grande mercado onde são comercializados novos caminhos, fórmulas de sucesso e estilos de vida. Um grande ‘menu’ onde é possível escolher a opção desejada  e compartilhar itens adicionais.

Cada internauta torna-se autor, narrador e protagonista da própria história. Misturando elementos reais e imaginários. Legitimando uns aos outros, e a si mesmos, de acordo com as ideias que compartilham. Enfim, a internet tornou-se uma grande vitrine onde cada um mostra o que tem de melhor e adquire o que considera mais conveniente.

Em meio a este crescente processo de informatização das sociedades, e participação dos indivíduos no compartilhamento de experiências pessoais, informação e conhecimento, as narrativas individuais  e coletivas dimensionam-se em número e multiplicam alcances. Neste sentido surge também a necessidade de estudos mais aprofundados na busca do entendimento destas novas relações. Entre internautas, mídias e narrativas. Somente através da observação e da pesquisa poderemos ter a certeza, ou pelo menos uma noção, sobre o destino pra onde estamos indo e o que encontraremos lá. 

J.P.D.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Os Segredos da Língua


A língua faz parte da identidade de um povo. Na ilustração bíblica da construção da Torre de Babel, a obra teve problemas quando os construtores começaram a falar línguas diferentes. Assim como no episódio da construção da torre que buscava atingir o céu, ocorre também no nosso dia-a-dia. Precisamos falar a mesma língua de nossos interlocutores para que a comunicação ocorra com entendimento mútuo e reciproco.

Mutualismo e reciprocidade são duas palavras para descrever a mesma situação. Pelo menos na sentença acima. Independente da sinonímia dos termos. Mesmo dentro da mesma língua temos, por vezes, inúmeras linguagens. Gírias e dialetos, oriundos da cultura de rua, do folclore ou do tradicionalismo, são criados e recriados diariamente. 

Falar a mesma língua é fundamental para que a decodificação da mensagem se dê de forma limpa e clara. Apesar dos ruídos e interferências naturais impostos pelo meio ou pelo entendimento do receptor. Neste sentido é natural que os indivíduos falem a linguagem utilizada pelos grupos que participam. 

O uso do mesmo vocabulário entre remetentes e destinatários facilita a interpretação da informação. Acarretando, em alguns casos, o uso de clichês, jargões, abreviaturas e sinônimos conhecidos. Isto pode ser averiguado no vocabulário do tradicionalismo gaúcho, nos sotaques encontrados nas diversas regiões brasileiras, nas gírias utilizadas na cultura Hip Hop, nas abreviaturas comumente usadas nas redes sociais virtuais, nas particularidades do inglês americano e  britânico; E em inúmeros outros os quais poderíamos citar. 

As variações da forma como usamos a língua vão além dos gêneros literários ou das figuras de linguagem. A língua das civilizações e sociedades, assim como a linguagem utilizada pelos indivíduos, faz parte da identidade cultural de cada um. Identificar qual a linguagem utilizada em cada grupo e situação, e falar a mesma língua, pode facilitar o entendimento entre os homens. 

Entender o contexto de cada grupo e indivíduo, torna-se um meio de entender com maior facilidade a 'língua' de cada um. Quando entendemos a linguagem, entendemos também a cultura e a mensagem a ser compartilhada no processo comunicacional.

Língua e cultura andam lado a lado. Ao mesmo tempo em que estão imersas uma na outra. Em um contexto em que fazem parte da identidade de cada um. Quanto mais entendermos a linguagem, mais saberemos comunicar de um modo eficiente, eficaz e conciso.

J.P.D.