terça-feira, 2 de agosto de 2016

Aprendizagem Forçada .'.


APRENDIZAGEM FORÇADA .'. 

Rouzélia (Ex cabrita disfarçada de 'O-Velha' amarela pintada de azul), na soma de suas contas anotadas nos terreiros, em banda e no oriente, estava empenhada por três encarnações. Sentia-se movida pela ambição de rifar os desejos alheios em prol dos próprios interesses. 

Certo dia, foi rifada (junto dos respectivos comparsas, negociadores, testemunhos passivos ou cúmplices), em prestação, por um dos testemunhos, de modo automático, sempre que pensasse em agir de tal modo. Mesmo que fosse apenas brincadeira ou teste simulado. A fim de que aprendesse a respeitar os sonhos dos semelhantes.

Seu conjugue orava por sua saída do mundo das vendas por marretada, pois sabia que as mulheres que vinham às lojas, para olhar os maridos, eram tratadas como mercadorias de exploração sexual. Não havia puteiro que a tirasse de tal ambiente de cobiça e comércio ilegal. Sua herdeira estava no mesmo caminho. Havia uma cotação de um 'não' por um 'sim' (vice versa) ou 'dois' por 'um'. 

Seu ingresso no espelho dos olhares se deu quando encontrou uma camisa de seu conjugue manchada de batom. Suspeitou de um puteiro. Então, quis espiar as sessões. Sua vontade de 'retribuir a putaria' foi ouvida pelos irmãos que responderam a três de seus desejos (mais algumas lambujas) que fosse a 'sua vontade'.

Os irmãos de grau maior simulavam a aquisição, e pagamento, de seus pedidos, como se fossem presentes dos mais ricos. 

O Gão-Mestre Menor, na época, ainda por ser iniciado, testemunhou a fraude, do subconsciente, como se estivesse de fora, mesmo estando no templo maior (onde se encontram as lojas), providenciou o seu resgate. 

No puteiro do Menor (em logradouro secreto), hoje, pai na maioridade, encontram-se, das cúmplices, as quais lhe ocultavam as consequências. Sempre diziam: 'Vamos conversar, querida'. Lhe desligando ao toque de 'sessão encerrada'.

*Contos de Paz 
Literatura Ficcional

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