quinta-feira, 12 de maio de 2016

À Escola da Macumba .'.


À ESCOLA DA MACUMBA .'.

Contos de Paz - Literatura Ficcional

Ao pedir a saída de um ex-aluno, os membros de uma escola de macumba dialogaram por trás das cortinas: "Este cara está grande. Se conseguirmos que saia daqui é porque somos maiores que isto".

Um dos funcionários da escola disse: "Bom, se o cara sair com 'isto', paga-se o 'já' e somos o 'Lá'. Invertendo a jogada, o 'Já' 'Lá' é na gente. Caso reclamem, ao 'restante', nem 'isto'".

Ouvindo o diálogo, uma abelha veio até o 'Ilê' conversar com o Babá. Queria saber o que se faz numa situação destas.

Ao saber que inexistia retorno por parte do ex-aluno, Babá quis ouvir os testemunhos: 'O ar, a luz e a terra'.

Os testemunhos completaram: "Quanto ao 'isto' 'já' 'lá', este rapaz é quem trabalha desde a origem. Portando, defendê-lo é defender-se".

O mais interessante é que o rapaz 'nem entra', 'nem sai', de lugar algum. Mesmo que sua entrada em uma nova escola, equivocadamente, significasse a saída das anteriores. Continua fazendo visitas eventuais para que se evite falar nisto. Habita um lugar em que inexiste 'dentro' ou 'fora'. Onde cabem tais 'caixas de fósforo'.

Ao meio dia, a abelha foi até o rapaz e o o ouviu orando: 'Peço ao Pai Universo, e à natureza, que retribua às pessoas, ao povo e à sociedade, cada coisa boa que concederem-me. Que assim seja. Deus abençoe. Amém'

JD

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