domingo, 8 de agosto de 2021

Mago Mestre Guerreiro


ÀS FALANGES

Embora eu seja o pai dos meus livros, também sou filho de Deus, mas sou vosso irmão.

Evite confundir-me com qualquer Mago, Mestre ou Guerreiro. Eu sou espada afiada; Eu sou a linha que escrevo; Eu sou o livro aberto. Além disto, o que sou.

Não são três cabeças; Nem sou o Bambambam. Mas vejo, ouço e digo. Como os macacos sábios.

Onde a onça bebeu água, aguardo as ovelhas, vigiado pelas pombas, a ouvir louvores.

Avise as falanges, longe das sombras, que as encontro no Sol.

NAS SETE ENCRUZAS DO FUTURO 

Como o velho Cacique, fiel escudeiro, trazia sete flechas, mas uma basta. Oh Sebastião; Pajé aprontava o caah. Certo que Ori bebe o chá. 

Lá estava eu, sob meu chapéu, nas sete encruzilhadas do futuro, com uma Colt 45 e um charuto cubano, em pé sobre o chão. Na guaiaca de couro o isqueiro na cor de sempre. A mesma da camiseta que eu mesmo fiz.

Negrinho trazia os cavalos da terra. Mijei nas árvores, como um lobo marcando território. Assoviei aos pássaros como um índio caboclo.

Como bom shamam, agachei-me e coloquei a mão no solo. Olhei ao céu, com os braços sobre as pernas, orei a Tupã:

"Oh Pai Divino, Criador do céu e da terra, Pai do Sol, raio e trovão, mostre-me o caminho além do Eldorado. Guia-me pelas veredas da justiça. Orienta-me pelas estrelas. Faz-me prevalecer na guerra. Trazendo a paz".



Nenhum comentário:

Postar um comentário