terça-feira, 10 de agosto de 2021

Azrael Memitim Metatrom


O ANJO DA VIDA

Naquele dia recebi Metatrom, Memitim disse que seu nome era Azrael. Também disse que estava suicidando-se aos poucos enquanto soltava fumaça no ar. 

Eu estava chapado. Amarrei uma corda na barra de musculação. Quando retornei a si, à frente havia uma forca. Entrei em transe e a desatei.

A janela dispensava paraquedas. Haviam facas aos pulsos. Fogo à oficina. Gás à explosão. Mas preferi chapar-me nos versos em linhas tortas.

Então o Anjo da vida pediu-me nomes no caderno. Clientes que, ao coveiro, dispensavam apresentação. A pá, a foice e o pé de cabra. Cinzas de uma cremação.

À luz das estrelas além das janelas. Das nuvens às sombras das paredes; Buhh! O bode coçava o cavanhaque, bebendo conhaque, fumando rojão.

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