Muitas vezes, na trajetória da
caminhada, me perguntei o porquê de algumas coisas acontecerem comigo. Em
alguns momentos, erradamente, tentei encontrar culpados, contribuintes, heróis
e vilões de minhas derrotas ou vitórias. Contudo abri os olhos e hoje sei que
sou o responsável por tudo que acontece comigo.
Estava lendo o livro 'Modernidade
Liquida' de Zigmunt Bauman, que fala entre tantas coisas da fluidez da
sociedade atual. Capaz de adaptar-se e moldar-se ao cenário do espaço e tempo.
Mas um detalhe me chamou a atenção em específico. Um frase no meio do texto que
falava o seguinte: "...o que está errado em suas vidas provém de seus próprios
erros, foi sua própria culpa e deve ser consertado com suas próprias
ferramentas e por seus próprios esforços."
Esta frase não traduz a ideia principal
do livro, nem resume sequer o capítulo onde estava escrita. Mas como diz o
ditado. 'Serviu o chapéu'. Seguindo o balie, e interrompendo a leitura, me
lembrei de alguns psiquiatras pelos quais passei para questionar minha sanidade
(ou insanidade). Lembrei que numa situação em particular, um deles me disse que
eu estava tentando manipular a situação ao me colocar como vítima da vida.
Apesar de eu discordar, pelo fato de não me enquadrar, sob o próprio ponto de
vista, como um ser passivo às situações da vida, na época me revoltei a ponto
trocar de médico. Pois de fato aquele não conseguiria enxergar quem realmente
sou.
Mas voltando ao ponto crucial desta
postagem faço-te a seguinte pergunta: Você já se colocou como vítima de alguma
situação? Ou, como eu, e Bauman, tem a consciência de que todos somos
responsáveis por nossos sucessos ou desvios? E mais. Seriam os erros, e os
acertos, definitivos; Ou sempre há tempo para virar o jogo? Você conjuga os
verbos 'vencer' e 'perder' na primeira pessoa do singular e no
tempo passado. Ou prefere seguir lutando enquanto os ponteiros do relógio
insistem em continuar girando? Opto pela segunda opção. Faça a sua escolha!
Juliano Dornelles
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