segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Vítimas, culpados ou inocentes


Muitas vezes, na trajetória da caminhada, me perguntei o porquê de algumas coisas acontecerem comigo. Em alguns momentos, erradamente, tentei encontrar culpados, contribuintes, heróis e vilões de minhas derrotas ou vitórias. Contudo abri os olhos e hoje sei que sou o responsável por tudo que acontece comigo.

Estava lendo o livro 'Modernidade Liquida' de Zigmunt Bauman, que fala entre tantas coisas da fluidez da sociedade atual. Capaz de adaptar-se e moldar-se ao cenário do espaço e tempo. Mas um detalhe me chamou a atenção em específico. Um frase no meio do texto que falava o seguinte: "...o que está errado em suas vidas provém de seus próprios erros, foi sua própria culpa e deve ser consertado com suas próprias ferramentas e por seus próprios esforços."

Esta frase não traduz a ideia principal do livro, nem resume sequer o capítulo onde estava escrita. Mas como diz o ditado. 'Serviu o chapéu'. Seguindo o balie, e interrompendo a leitura, me lembrei de alguns psiquiatras pelos quais passei para questionar minha sanidade (ou insanidade). Lembrei que numa situação em particular, um deles me disse que eu estava tentando manipular a situação ao me colocar como vítima da vida. Apesar de eu discordar, pelo fato de não me enquadrar, sob o próprio ponto de vista, como um ser passivo às situações da vida, na época me revoltei a ponto trocar de médico. Pois de fato aquele não conseguiria enxergar quem realmente sou.

Mas voltando ao ponto crucial desta postagem faço-te a seguinte pergunta: Você já se colocou como vítima de alguma situação? Ou, como eu, e Bauman, tem a consciência de que todos somos responsáveis por nossos sucessos ou desvios? E mais. Seriam os erros, e os acertos, definitivos; Ou sempre há tempo para virar o jogo? Você conjuga os verbos 'vencer' e 'perder' na primeira pessoa do singular e no tempo passado. Ou prefere seguir lutando enquanto os ponteiros do relógio insistem em continuar girando? Opto pela segunda opção. Faça a sua escolha!


Juliano Dornelles

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