domingo, 23 de novembro de 2014

Pluralidade


No mundo em que vivemos, costumamos nomear as coisas. O logos (conhecimento) define os entes da phisis (natureza) conforme as caraterísticas e propriedades que possuem. Porém, algumas crenças fazem diferenciação entre os distintos diapasões. Ou, digamos, elementos naturais. O amor, a ira e a vaidade, são comumente associados a entidades distintas. Contudo, descobrimos com o tempo que tais formas de pensar, sentir e agir, comungam em algo uno. O que chamamos de comunhão elementar. Ou espírito supremo.

Entender que o mesmo ser é capaz de amar e/ou irar-se; Capaz de fazer a guerra e/ou lutar pela paz; Capaz de ser piedoso (de forma consciente ou inconsequente); Capaz de ser justo ao defender a ordem e a lei; Capaz de construir, destruir e reconstruir. O fato é que comungamos as mais distintas formas de proceder como estados de consciência; Instintos e virtudes.

Os ritos ancestrais faziam diferenciação entre as entidades do amor, da guerra, da lei, do justo proceder e da promoção da paz. Em resumo, somos capazes de desenvolver cada uma destas habilidades; Assim como os desvios capitais. Como 'espírito' (assim no singular), 'somos' (assim no plural) capazes de encontrar, em nós mesmos (no ser - indivíduo), os dons divinos e seus contrários. Por princípio, precisamos entender que a singularidade da comunhão dos plurais transcende as particularidades. Inexiste nada igual; Inexiste o mesmo; Somos semelhantes.

J.P.D.

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