quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Indo além


Seguindo nossa conversa sobre a interação nas mídias sociais e inserindo um pouco do imaginário, gostaria de colocar novamente uma ideia que tenho discutido há algum tempo. A questão do desenvolvimento de redes sociais inteligentes. Com funções administrativas na finalidade de interligar sistemas de informação e facilitar a interação entre organizações e indivíduos.

Aproveitando o gancho da postagem anterior, sobre o Second Life, proponho aqui que nos esforcemos no sentido de rever e reformular os sites interativos. Especificamente as mídias sociais. Conforme tenho colocado, carecemos de uma organização e integração dos sistemas de identificação. Tenho citado com frequência o exemplo do documento único, criado nos últimos anos, na finalidade de integrar informações sobre pessoas físicas. Seguindo a mesma linha de raciocínio, a proposta que venho colocar é a de integração dos bancos de dados de órgãos como as Polícias, Previdência, Agências Bancárias, Hospitais, Instituições de ensino e demais bancos de dados de instituições, indivíduos e a sociedade em geral. Integrando espaços de interação, além de documentos e registros (RG, CPF, CLT, CNH, CNPJ, Passaporte, Registros Profissionais, Currículos virtuais, Convênios médicos, Carteira de Vacinação, Antecedentes Criminais, etc).

A Mídia Social Inteligente deverá agregar funções que facilite a integração e a interação entre instituições e indivíduos. Integrando bancos de dados. Possibilitando a agilidade de serviços. Promovendo a inclusão social. E a democracia direta. Participação e visibilidade de organizações, pessoas públicas e pessoas comuns. Governos de participação direta. Com a participação do cidadão na promoção da democracia. Só assim se tornará alcançável o desenvolvimento homogêneo.

Costumo dizer para meu filho adolescente que 'a vida é um game'. Falei isso na primeira vez quando falava com ele sobre estudar para as provas e passar de ano na escola. Disse que na vida precisamos eliminar fases. E assim concluímos etapas e seguimos em frente. Neste sentido, coloco o desenvolvimento das Mídias Sociais em formatos de Games como uma alternativa de atrair as gerações X, Y e Z. Tornando a interação mais atrativa e prazerosa. Porém este é um 'jogo' precisa ser levado a sério. O jogo da vida real no mundo real.

Integrando os conceitos de rede inteligente, integração de banco de dados e a jogabilidade das plataformas de jogos em rede, chegaremos a uma nova forma de interagir. A administração dos recursos. O monitoramento do cumprimento das leis. O exercício da democracia direta. O comércio eletrônico. O fim da burocracia nos órgãos públicos. A transparência e a visibilidade. A accountability. O voto eletrônico. A governança e a governamentalidade. Tudo estará implícito em um jogo real duplicado pela realidade virtual.

As tecnologias que conhecemos hoje integradas. Ao serviço do desenvolvimento social e da inclusão. Muito além de ter o seu avatar desprovido de 'perfil fake', mas com identidade real registrada, DNA mapeado via GPS, enquanto anda pelas ruas virtuais de um plataforma que imita as ruas da cidade visualizadas pelo Google Maps em três dimensões. Atendendo vídeo-chamadas Voip em tempo real. Isto tudo enquanto interage também no plano físico.

Imagine toda esta interação sendo comandada via pensamento. Comandos executados via ondas cerebrais por sensores eletromagnéticos. Imagino um dispositivo semelhante a um óculos, com Visor 3D, provido de fones de ouvido, microfone e câmeras, onde áudio e vídeo  são compartilhados em tempo real. Sei que há um longo caminho a ser percorrido até chegarmos neste estágio da evolução tecnológica. Talvez o percorramos muito mais rápido do que imaginamos. Pois estamos caminhando neste sentido.

J.P.D. 

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