quinta-feira, 9 de maio de 2013

O pós-pós - E a eterna transformação


Venho analisando algumas expressões que contém a palavra pós e cheguei a conclusão que o pós, ao contrário do que vem antes, é um projeto infinito, que se transmuta constantemente, se superando a cada estágio evolutivo. Após o 'pós', há um novo 'pós' e posteriormente um outro 'pós'. Sei que parece confuso, mas me permitirei viajar além do pós-pós na tentativa de explicar es ‘viagem’.

O ‘pós’ é um prefixo grego que significa ‘aquele que vem após’. O oposto de outro prefixo grego; O ‘ante’, que por sua vez é ‘aquele que vem antes’. Temos então o pós-parto, o pós-moderno, o pós-grau, o pós-humano, o pós-religioso, o pós-filosófico, o pós-político, o pós-tecnológico, o pós-midiático, entre outros tantos.

Quando algo é denominado por uma palavra com o prefixo ‘pós’, significa que vem após algo que vem antes. E mesmo quando partimos de nós mesmos a nós mesmos, através da transmutação da essência, experimentamos um momento após o outro. Momento este que poderíamos chamar de sequência do pós-pós. O que por um alado pode ser tão infinito quanto o primeiro ‘ante’. Se discutir o ‘ante’ seria como perguntar quem veio antes (o ovo ou galinha). Ou o que havia antes da partícula sólida que gerou o big bang. Discutir o pós, o pós-pós e sua sequência, seria discutir o eterno.

Assim falamos no mundo de hoje como o pós-mundo de ontem. E o mundo de amanhã, pós-mundo de hoje. Assim como fala-se em vida após a morte. Ou, vida após a vida. Enfim, tudo é um milagre da sequência de transformações que sofrem corpo e alma. E o certo é que há transformação pós-transformação.

A grande sequência é que partimos de algo anterior pra chegar em algo novo. E após cada passo, executamos um novo passo. E consequentemente infinitos passos, mantendo uma sequência de passos, configurando assim a caminhada evolutiva (desde que caminhemos pra frente). O importante é que seguimos passo a passo. E quando o ‘pós’ e o ‘ante’ comungam em um só momento, podemos dizer que o 'de onde viemos' e o 'pra onde vamos' encontram-se e comungam no ‘onde estamos’. Onde não há nem início, nem fim, mas sim uma sequência cíclica, uma continuação inevitável e uma evolução constante.

J.P.D.

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