quarta-feira, 5 de junho de 2013

Discernir a arte


Na terça-feira, quatro de junho, compartilhei algumas músicas que gosto no Facebook e fiz comentários em relação as letras de tais músicas. Quando comecei a cometar o que discordava e o que concordava daquilo que estava escrito na letra, percebi que a maturidade me tornou um tanto mais crítico em relação ao que consumo e recebo como arte. 

Na situação comentei algumas letras. Uma delas trata da música 'Knives and pens' da banda Black Veil Brides. Confesso que esta banda pós moderna, apesar de gritante à alguns ouvidos, mexe com minha percepção sensorial. Principalmente quando se trata dos vocais e das loucas guitarras rasgando a música.

A letra em questão trata de um jovem deprimido que havia perdido a fé e que estava desesperado na busca de consertar alguns erros. Neste sentido, acredita que pode mudar a situação com uma luta final. Se propondo então a sentar, baixar cabeça e escrever. Esta luta imaginária e concretizada pela escrita é travada com facas e canetas.

Quando postei o clipe (acima) no Facebook, elogiei primeiramente o metalcore pesado, em segundo comentei, em contrapartida à letra da música, que: 'A luta se ganha em pé. Acenda a luz. Precisamos continuar lutando além desta noite. Será necessário seguir com nosso amor. Este é apenas o começo'. Ao comparar estas colocações com a letra da música percebe-se que aprecio uma música a qual discordo de boa parte da letra. Mesmo assim a ouço com prazer e ecstasy.

Neste sentido percebi que há tempos venho escutando músicas sobre as quais, passando por um crivo mais detalhado, se faria necessário recriar alguns versos para que as pudesse enquadrar por completo em minha trilha sonora. 

Na música 'Um abraçaço' de Caetano veloso, por exemplo, diria em um tom mais otimista e positivista: "Meu destino traço sobre tudo que dará certo". Na música 'Será', do Legião Urbana, perguntaria: "Será que algo vai acontecer ?". Enquanto na música 'Supere', da banda Granada, recriaria alguns versos dizendo: "Quem te conhece se importa. Milagres são bem vindos. E ganhar de alguém, sempre é bom".

Deste modo aprendi a curtir músicas se que elas pudessem me impor determinadas visões do mundo. Posso ouvir e cantar a música 'De dois' do Planet Hemp, porque gosto do som, sem necessariamente fumar maconha ou aprovar o uso. Neste contexto aprendi a que somos livres pra 'peneirar' aquilo que consumimos em forma de arte. E pra recriar tal arte a fimd e encontrar um sentido completo e concreto. Neste sentido, com discernimento será possível fazer o melhor uso desta liberdade.

J.P.D.

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