segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Imaginário em Rede


Pensadores do séc XXI, reunidos na Feira do livro de Porto Alegre, nesta segunda-feira 4/11, dialogavam sobre temas importantes em nossa realidade atual. O futuro do livro impresso; O desenvolvimento do cérebro; E outros questionamentos de relevante importância. O evento, que ocorreu no Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo, foi uma prévia do que virá a ser o Seminário Internacional de Comunicação na PUC a partir desta terça-feira 5/11.

Juremir Machado, como mediador, iniciou com as seguintes perguntas: 'O livro em papel vai desaparecer?' 'A escrita irá desaparecer?'; 'O cérebro irá se modificar?'. O primeiro a responder as as perguntas foi o cientista Ivan Izquierdo. Segundo Izquierdo a evolução genética é um processo lento. Em que os mais capacitados irão persistir e sobreviver. Em um processo de seleção natural.

Também estavam presentes no evento, e se propuseram responder as questões, outros cientistas, tais como Lucia Santaella e Philip Joron. Segundo os pensadores, o livro como o conhecemos irá sobreviver durante um tempo. E depois, aos poucos, será substituído pelas novas tecnologias.

Conforme Santaella, vivemos em um mundo de múltiplas narrativas. As imagens auxiliam os textos no cinema, na internet e nos impressos. O jovem de hoje vive um comportamento multitasking. Inquietude e multiplicidade de tarefas executadas ao mesmo tempo. A pesquisadora citou a interação pessoal nos games como momento de socialização e movimento interativo em grupo.

Quando à evolução genética, segundo os pesquisadores, podemos dizer que conhecemos pouco sobre cérebro atualmente. É preciso entender o cérebro em diferentes níveis. De algum modo, vivemos um momento de midiatização. A era da cultura eletrônica. Uma fase de individualização. E abstração.

De alguma forma, a web ainda é tribal. Há muito a ser desenvolvido no que conhecemos como interação no ciberespaço. Cada vez mais vivemos um mundo de instantaneidade. Um mundo de ubiquidade. De conexão onipresente. E, neste mundo, o livro digital vem conquistando espaço frente ao velho e bom livro de papel.

A racionalização do mundo idealizada por Max Weber, assim como a cultura midiática da causa e efeito abordada por Marshall Mcluhan, são conceitos e teorias que ainda explicam em parte nosso contexto. De toda forma, a experiência da web se compara ao surf. Entramos na onda e tentamos flutuar sobre o mar do conhecimento. Mesmo sabendo que, mesmo sobre as ondas da informação, há grande volume de dados nas marés da desinformação. Cabe aos internautas discernir sobre os conteúdos consumidos. Eis um moderno dentre os tantos desafios do mundo pós-moderno.

J.P.D.

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