quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Nexo Livre - A Magia da Filosofia Real


O texto de hoje é um tanto louco. E filosófico. Contudo, me sinto condicionado a explanar algumas questões. A primeira delas, ponto de partida desta Filosofia Nobel, é uma pergunta: ‘Quando as entidades do imaginário intrapessoal falam através do espírito médium, a responsabilidade, sobre o que é dito, é do espírito ou dos seres de seu respectivo imaginário?’

A segunda questão refere-se às diferenças e semelhanças entre alguns termos. Tais como: ‘Passar ou ultrapassar; Entrar ou ingressar; Provar ou aprovar; Achar ou encontrar; Retorno ou volta; Conseguir ou continuar’. O fato que intriga é que deixarei em aberto tal questionamento. Mas afirmo que as palavras são mágicas e têm duplo, triplo ou, até mesmo, múltiplos significados.

Pra pensar sobre o assunto, cito a seguinte proposição filosófica: “Se te acho, te ‘pacho’? Quem acha, foi encontrado? Quem encontra, está guardado? Quem guarda, está sendo salvo?”  Aqui, colocamos tais questões, aparentemente, livres do nexo. Porém, dizem muito ao falar nada.

Mas vamos ao que interessa. Apoiado nas questões introdutórias, convido-vos a ler um conto.

ENCONTRANDO ACHADOS

Certa vez, há alguns anos, estava sofrendo com hábitos destrutivos. Consumindo substâncias químicas em excesso. Tais como o álcool e assemelhados. Em uma noite, de sexta pra sábado, amanheci ‘peguei a viola, botei na sacola e fui viajar’- Ops; Desculpe - Quero dizer, amanheci, após uma noite conturbada e infernal.

Meio dia de sábado, precisava comer algo. Busquei, em toda a casa, os recursos disponíveis. Desde as moedas espalhadas nas gavetas, bolsos e cantos do cosmos (ou, digamos, do universo em que vivo), ao último resquício do saldo bancário das heranças e economias de décadas. Estava com fome. Fui até o mercado mais próximo, com as últimas verbas, comprar pão. Mas, no momento exato, hesitei, e algo sobrenatural, como uma obsessão compulsiva pelo vício, me sugeriu que comprasse tabaco.

Cheguei em casa, com os bolsos vazios. O saldo do banco contabilizava um centavo. Após a fumaça, refleti sobre o assunto. Passei o fim de semana comendo macarrão instantâneo e suco em pó. Naquele momento, resolvi que precisaria libertar-me do tabagismo. E que precisaria trabalhar as economias.

Daquele momento até então, venho respirando mais aliviado. Ar puro, movido pelo estudo, trabalho e esporte. Venho cultivando o hábito de utilizar moedas. Assim como cédulas e cartões de crédito. Mantendo sempre um lastro. Como viemos fazendo, com as riquezas das nações, durante séculos, em ouro.

Mas algo me preocupava. Tempos no futuro, lá estou, relembrando e reconstruindo a história. Então, em um dia qualquer, busquei na antiga coleção de dinheiro, que mantenho desde menino, o que venho guardando há bastante tempo.

Quando abri a caixa de sapatos, que chamo de ‘cofre do banco’(espaço onde guardo as moedas do mundo todo), lá onde vivo, em meu ambiente de trabalho e moradia, busquei algumas moedas, do dinheiro corrente. Então, reconstituindo a história, na qual relatei ter descido ao zero, naquela ocasião do passado, percebi que tais moedas mostram-me uma outra versão. De que elas estão comigo desde sempre.

Uma delas, guardo,  até hoje, como um amuleto da sorte. Pois é aquela moeda que vem mantendo e inspirando o guerreiro à luta (Luta, no sentido de correr pelos sonhos). Mesmo quando estive com os bolsos vazios. O principal, desta história é que aprendi a valorizar duas coisas importantíssimas. A primeira delas, a saúde. E, a segunda, os recursos financeiros.

Continuando o processo evolutivo, o tabagismo cedeu espaço ao ar puro e à prática esportiva. As festas noturnas, mais do que loucas, cederam espaço às noites bem dormidas, assim como, às manhãs de investimento nos estudos e trabalhos. Mostrando-me que tudo o que preciso está lá. Ao meu alcance. Basta buscar e fazer acontecer.

RETOMANDO A FILOSOFIA

Quando contei esta história a alguns amigos, contei-lhes com outras palavras. História que reescrevo aqui, para lembrar que o verbo é mágico. Pois faz com que as narrativas legítimas ganhem vida. Assim, vivemos em plena luta, pela realização dos sonhos. No mais é questão de continuar guardando os achados e salvando os encontrados. 

J.P.D.

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