segunda-feira, 15 de julho de 2019

Ao trabalho


A última namorada havia me deixado no pó. Literalmente, após uma conversa estriquinado. Passaram-se quatro semanas, comi outras quatro bocetas e beijei outras duas mulheres. Isto era a fome após longo período de castidade (fidelidade). Pergunte-me se usamos camisinha? Óbvio que o estoque está se indo. Ma a questão é: “No que isto ajuda os espíritos? Senão a aprisioná-los no prazer da carne. Vulgarmente, falando, como os zombeteiros que colaboram nesta obra, o que me importa beber, fumar ou foder?

A questão é que o trabalho estava além da experimentação diária da vida. Deveríamos avançar nos propósitos cotidianos. Cumprindo os mandamentos. Resgatando-se no desafio para vencer. Óbvio que mudar não implica nos tornarmos santos ou puritanos. Ninguém é padre no mundo dos lobos. Mas a questão é lapidar a linguagem. Pois o grotesco havia ganhado o texto.

Enquanto chia a água quente ao chimarrão, Iron Maiden é trilha na oficina. Chapados, estávamos, desde antes do último Gudang. A erva posta na cuia esfumaçava calor em uma manhã do inverno. Havíamos nos tornado uma família. O médium (autor) e os espíritos que contribuem nesta obra. Presentes neste livro como colaboradores.

Assim, iniciamos o dia. Abrindo a semana aos trabalhos espirituais. Havia tantas coisas para pôr em ordem. Tudo deveria ser feito aos poucos e sem pressa. Iniciando pelos contatos profissionais. Deveriam se tornar prioridade frente às conversas com mulheres sedentas por sexo em aplicativos na internet. Deveríamos esquecer, por tempo indeterminado, aquilo que nos move ao prazer imediato.

O planejamento, a médio e longo prazos, implicavam mudanças drásticas no comportamento. Quem sabe deveríamos casar? Se acalmar? Constituir família? No entanto, a questão profissional ainda é prioridade no momento em questão. Os desafios se somam a vencer cada demanda. Certo que há tempo para tudo. Beber, fumar e foder é bom. Mas o trabalho é prioridade.

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