sexta-feira, 5 de julho de 2019

Ligados


Naquela noite estávamos ligados. O pó estava na mente, assim como os desafios na jornada. Cada vez mais, concluíamos que as drogas são como uma prisão. Uma fuga das questões sociais. Desvio do caráter. Margem da realidade. Mas a maioria dos encarnados, consumidores, não vê as substâncias como algo das trevas. Principalmente quando trata-se do consumo social com moderação. 

Seletos determinados espíritos aceitaram ajudar as almas presas no vício. Promovendo a ocupação produtiva e a eliminação do tempo ocioso. No entanto, os resgates estavam cada vez mais espaçados. Era perigoso expor os espíritos que já estavam recuperados. Estes não mais pediam drogas, tabaco ou álcool. Agora estavam interessados na ocupação cotidiana nas atividades construtivas. Assim como caminhar ao Sol e beber água. 

O último ‘teco’ emergiu como referência. Por instinto e influência dos obsessores. Divididos em grupos. Os quais queriam se ajudar e os quais não queriam. Neste sentido, por influência dos guias, nos colocamos a arrumar a casa e fazer alongamentos. Isto era o ensaio mental do que realmente queríamos aos dias normais. 

No entanto, o esclarecimento veio a tona. Deveríamos mudar a estratégia. A prioridade deixou de ser cortar o tabaco. Mas cortar o baseado, o álcool durante a semana e a cocaína. Tivemos que ter mais aceitação frente ao tabagismo. Principalmente, neste primeiro momento. Com isto, deveríamos nos concentrar em cumprir o cronograma diário. As atividades construtivas que preenchem o dia-a-dia. Tais como trabalhos, estudos ou atividades físicas. 

Assim, Já estávamos há sete dias sem fumar marijuana. O tempo que demoramos para concluir este capítulo, desde o primeiro parágrafo. A cocaína havia deixado de ser tentação. Enquanto os objetivos concretos se tornaram prioridade. Não estávamos aqui para virarmos ‘caretas’, mas para controlar mais os impulsos que nos levavam a consumir drogas. 

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