terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Diálogo entre o Bruxo e o Mago - Sobre o uso conscientes dos direitos


Certo dia, encontraram-se pra conversar o Jovem Mago e um Velho Bruxo. O Jovem Mago se mostrava decepcionado com o comportamento humano movido por interesses e segundas intenções. Desde menino, o Jovem Mago compartilha da convivência dos espíritos do céu e das entidades da terra. Sobretudo, entre tantos, podemos citar os santos, orixás, os pretos, caboclos, pretas, e outras entidades.

A decepção do Jovem Mago, relatada ao Velho Bruxo que visitava o terreiro de sua nação naquela tarde, era o fato de que se sentia perseguido pela cobiça. Em quase todos os lugares e relações, os quais frequentava e participava, costumavam lhe pedir algo em troca dos favores que lhe eram oferecidos. Contudo, na maior parte das vezes, lhe cobravam, pelas costas, no céu ou na terra, aquilo que ficava de fora do trato impresso por extenso.

Quando disputava vagas de emprego, por exemplo, costumavam lhe pedir o pai, o filho, a justiça, a casa, a lua, a loja, o terreiro ou determinados entes. Só que nada disso constava no trato impresso por extenso. Então o Jovem Mago perguntou ao Velho Bruxo como proceder.

O Velho Bruxo lhe disse sem hesitar: ‘Ora, se lhe pedem algo, é porque você é o possuidor deste algo. E sendo assim você tem o direito de guardar e salvar tudo aquilo que lhe pedirem. Ou, simplesmente, pagar em si mesmo’. O Jovem Mago sentiu-se mais tranquilo. E a partir dali soube como agir. Deixando claro que a única coisa que pode oferecer em troca das oportunidades é sua presença quando no próprio corpo físico.

Eventos como estes são comuns nos dias atuais. Uma namorada que lhe pede a lua; Um descendente que lhe pede a vida; Um empregador que lhe pede a casa. Ou o que quer que seja. Quando lhe pedem; Ou cogitam se apropriar, daquilo que você tem, é ou sente. E é nestes momentos que temos agir com determinação pra salvar tudo aquilo que nos for solicitado ou cobiçado. Podemos guardar conosco o que é de nosso domínio anterior a tais relações. Temos este direito. E precisamos fazer uso dele.

J.P.D.

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