quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cinema: Arte e filosofia


Estive estudando, de forma rápida e superficial, autores que filosofam sobre a arte do cinema, como Lyotard, Kracauer, Bazin, Huyssen, Benjamim e Deleuze. O fragmento de texto que li sobre este último autor, somado à leitura rápida que fiz sobre os outros, me fez perceber o cinema com outros olhos.

Deleuze coloca a reflexão sobre o cinema como imagem em movimento orientada em um enquadramento onde a imanência da luz determina a iluminação da cena. com outros olhos, Bazin debate a forma versos conteúdo. O despertar do desejo e o pensamento transmutados nas telas.

Podemos analisar o cinema como arte ou produto. Isto depende dos olhos de quem vê. E assim, Deleuze coloca a percepção como fruto da consciência. Onde cada um percebe a partir dos próprios olhos. Entramos mais uma vez na questão da semiótica. E as diferenças possíveis entre significante e significado.

Walter Benjamim coloca o imaginário da filosofia. Entre o real e o sonho. De outro lado, o acordar dos sonhos. Misturando em suas idéias a conceitos do social e do político. De algum modo Benjamim coloca que a natureza dos olhos é diferente da natureza da câmera.

Os fantasmas são como figuras imaginárias criadas para nos defendermos do palpável. Onde o sentido estético passa pela origem da palavra. Então a metafísica surge como experiência sensorial. Experimentar, sentir e julgar pelo gosto.

Na percepção das imagens fazemos um paralelo entre o real e o imaginário. Em um contexto em que, para alguns, o virtual é o próprio real. De algum modo o cinema tenta construir um pensamento com clareza. Intervindo e transformando a realidade. Onde a ficção e a fantasia se alimentam do documentário fiel, e vice versa.

Surgem então o neo-realismo e a busca pela verossimilhança das cenas. Onde a incidência da luz determina a configuração dos luminosos e dos iluminados. A experiência visual permite uma navegação em um novo mundo. Configurando a arte, a representação e a realidade. Documentos reais e eficientes na construção da memória. Enfim, o cinema tudo isso e muito mais.

J.P.D.

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