terça-feira, 2 de abril de 2013

Manifestações Estudantis

Fonte da imagem: zerohora.com.br
Desde algum tempo venho analisando os movimentos sociais estudantis no Brasil e tenho percebido que ao mesmo tempo em que promovem ações importantes também atuam de forma inconsequente, colocando em cheque os reais interesses das manifestações temporais.

No episódio mais recente, estudantes universitários, vinculados ao DCE de algumas universidades sediadas em Porto Alegre, organizaram um protesto contra o aumento das passagens de ônibus na capital gaúcha. A passagem que custava R$ 2,85, até alguns dias atrás, foi para o valor de R$ 3,05. Este aumento ocasionou a revolta dos estudantes que foram às ruas protestar.

Os protestos fugiram da manifestação pacífica e foram na direção do vandalismo. Causando a depredação do patrimônio público e ações agressivas em diversos pontos da capital. Na noite passada os estudantes picharam vitrines e coletivos além de jogar ovos nos policiais que faziam a guarda da prefeitura no centro de Porto Alegre.

Apesar destas ações nada construtivas, e, digamos, depreciativas, ainda há aqueles que buscam soluções às questões sociais que envolvem os estudantes. Um bom exemplo de ação racional a ser citado são os trotes inteligentes, que em vez de estimular o consumo de álcool pelos estudantes que ingressaram na faculdade, estimulam outras ações como a doação de sangue e a prestação de serviços comunitários.

O fato é que os movimentos estudantis colocam-se, por vezes, entre a cruz e a espada. Ao mesmo tempo em que constroem uma imagem de mobilidade na direção das discussões construtivas, de outro, compromete a identidade de movimento social pacífico quando patrocina ações como as que temos testemunhado nas ruas de Porto Alegre. Esta na hora de encontrarmos uma nova maneira de protestar.

J.P.D.

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